Na zona
árida da costa, a vegetação, composta principalmente por cactáceas, está adaptada para atrair a umidade da atmosfera
brumosa. Os vales fluviais dessa região constituem autênticos oásis. Durante o verão, o aquecimento das águas marinhas
provoca a morte do plâncton e, em
conseqüência, o desaparecimento de grande parte dos peixes e das aves marinhas.
A aridez das
ladeiras ocidentais da cordilheira Ocidental diminui com a altura. Cactos, gramíneas, arbustos espinhosos
e algumas árvores crescem nas zonas altas, enquanto que nas punas — altiplanos
situados a mais de 3.500m — dominam os pastos de gramíneas, habitats de animais
bem adaptados a essas condições naturais, a lhama, a alpaca, oguanaco e a vicunha. Em altitudes superiores a cinco mil metros, só
subsistem musgos, líquens e
algumas ervas.
A leste dos Andes, na Amazônia peruana, a paisagem biológica é em tudo semelhante à da Amazônia brasileira, e a flora, naturalmente, dá lugar à floresta
tropical, cuja fauna em
nada difere da do extremo norte do Brasil, representada por onças, antas, ariranhas, porcos-do-mato, grande variedade de macacos, maior ainda de aves e insetos.
Clima do Peru
O clima do Peru tem
três tipos diferenciados: árido tropical (litoral),
de montanha (altiplano
e cordilheira) e equatorial (trecho
amazônico).
A corrente
de Humboldt, ou do Peru, desloca ao largo da costa peruana, na direção norte,
uma imensa quantidade de água fria procedente da Antártica e tem
notável influência sobre o clima. A temperatura média
da costa do Peru é de seis a oito graus mais baixa do que seria de esperar em
vista da latitude. As precipitações são
praticamente nulas na área que se estende do oceano até
os primeiros contrafortes dos Andes, mas a costa em geral se mostra coberta, durante boa
parte do ano, por densas brumas úmidas. O sol brilha sobre Lima no
verão, mas durante o resto do ano fica coberto pela névoa.
Com certa
periodicidade se forma no oceano uma contracorrente, chamada El Niño, que impele para sul água quente da zona equatorial e
empurra a corrente fria para longe da costa. A evaporação de suas águas
inusitadamente quentes produz chuvas catastróficas numa área que habitualmente
aparece entre as mais secas do planeta.
Na região
andina o clima é temperado e seco, com chuvas sazonais,
entre 2.500 e 3.500m. Na região
amazônica, o clima é quente e
chuvoso.
Meio Ambiente
Lima - Não é pouca coisa: o
Ministério do Meio Ambiente do Peru (MINAM) lançou no dia 22 de julho o
"Programa Nacional de Conservação de Florestas para Mitigação das Mudanças
do Clima, uma iniciativa que visa preservar 54 dos 72 milhões de hectares de
florestas tropicais deste país amazônico.
Na coletiva de imprensa realizada em Lima, Antonio Brack, o ministro desta pasta, deu os detalhes do programa, aprovado por Decreto do Poder Executivo. E lembrou que, até o momento, foram desmatados pelo menos 7 milhões de hectares ou 9,25% da floresta amazônica peruana.
Na coletiva de imprensa realizada em Lima, Antonio Brack, o ministro desta pasta, deu os detalhes do programa, aprovado por Decreto do Poder Executivo. E lembrou que, até o momento, foram desmatados pelo menos 7 milhões de hectares ou 9,25% da floresta amazônica peruana.
Problemas internos e externos
Um dos
grandes problemas, reconhecido até mesmo por fontes MINAM, é que as concessões
florestais para exploração de madeira no Peru, continuam sendo responsabilidade
do Ministério da Agricultura (MINAG), sem qualquer tipo de autoridade por parte
da área ambiental.Contínuas denúncias de irregularidades neste processo tem
causado preocupação da Defensoria.
Também não ficou claro se esse programa vai estar associado com o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), algo que ainda está sob estudo. De acordo com Ísola, "as estimativas de captura de CO2 variam conforme o tipo de floresta" e espera-se determinar, com metodologias apropriadas "nas áreas de intervenção do programa." Porém o mais urgente é ter um registro detalhado da situação. Não existe um inventário detalhado dos recursos florestais e como observa Milagros Sandoval da Conservação Internacional, é necessário coordenar todas estas iniciativas " com as políticas de desenvolvimento, de modo que elas se relacionem com os macro objetivos do governo.
Todo este debate acontece com o Congresso discutindo uma nova Lei de Florestas e da Fauna Silvestre, apresentada pelo Executivo em julho (segundo os críticos, sem consulta suficiente). E logo após o acordo energético assinado pelo Brasil e Peru em junho, que preve a construção de oito barragens na Amazônia peruana, com impactos negativos sobre o meio ambiente.
Mais recentemente veio dos Estados Unidos uma série de declarações relativas ao anexo sobre florestas do Acordo de Livre Comércio (TLC) assinado entre os dois países. Sander M.Levin, membro do comitê do Congresso Norteamericano que acompanha este acordo, chegou a falar sobre uma "violação dos compromissos ambientais" assumidos.
Então, não é fácil a preservação das florestas no Peru. No entanto, o Programa Nacional de Conservação de Florestas para a Mitigação das Mundaças Climáticas "segue em frente e segundo o MINAN já conseguiu um crédito da JICA (Japan International Cooperation Agency) no valor de US $ 40 milhões, com outras fontes financeiras como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Agência Alemã de Cooperação (GTZ) .
Por último, espera-se que o Programa inclua não somente os 54 milhões de hectares anunciados, mas os 72 milhões totais, porque estes 18 milhões de hectares restantes sempre estarão sujeitos à várias ameaças
Também não ficou claro se esse programa vai estar associado com o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), algo que ainda está sob estudo. De acordo com Ísola, "as estimativas de captura de CO2 variam conforme o tipo de floresta" e espera-se determinar, com metodologias apropriadas "nas áreas de intervenção do programa." Porém o mais urgente é ter um registro detalhado da situação. Não existe um inventário detalhado dos recursos florestais e como observa Milagros Sandoval da Conservação Internacional, é necessário coordenar todas estas iniciativas " com as políticas de desenvolvimento, de modo que elas se relacionem com os macro objetivos do governo.
Todo este debate acontece com o Congresso discutindo uma nova Lei de Florestas e da Fauna Silvestre, apresentada pelo Executivo em julho (segundo os críticos, sem consulta suficiente). E logo após o acordo energético assinado pelo Brasil e Peru em junho, que preve a construção de oito barragens na Amazônia peruana, com impactos negativos sobre o meio ambiente.
Mais recentemente veio dos Estados Unidos uma série de declarações relativas ao anexo sobre florestas do Acordo de Livre Comércio (TLC) assinado entre os dois países. Sander M.Levin, membro do comitê do Congresso Norteamericano que acompanha este acordo, chegou a falar sobre uma "violação dos compromissos ambientais" assumidos.
Então, não é fácil a preservação das florestas no Peru. No entanto, o Programa Nacional de Conservação de Florestas para a Mitigação das Mundaças Climáticas "segue em frente e segundo o MINAN já conseguiu um crédito da JICA (Japan International Cooperation Agency) no valor de US $ 40 milhões, com outras fontes financeiras como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Agência Alemã de Cooperação (GTZ) .
Por último, espera-se que o Programa inclua não somente os 54 milhões de hectares anunciados, mas os 72 milhões totais, porque estes 18 milhões de hectares restantes sempre estarão sujeitos à várias ameaças
.
O Peru
tem aumentado o ritmo de desmatamento da floresta amazônica. Segundo
organizações da sociedade civil falta "governança ambiental" (foto:
Ramiro Escobar)
A
biodiversidade dos bosques peruanos será protegida pelo programa do governo.
Não será fácil (foto: Ramiro Escobar)
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